sexta-feira, 20 de julho de 2007

Culpa do TAMdemonio - parte 2

Os problemas não começaram com o caso do choque GOL-Legacy. Aquilo já foi resultado dos diversos problemas da falta de infra-estrutura de transportes aéreos. Os problemas de controle de vôo são antigos. Os atrasos de vôo por problemas nos Cindactas existem desde o inicio desta década, apenas não eram reportados pela mídia.

O que mais agravou foi a necessidade de sobrevivência das empresas do setor. O mercado de aviação tem custos altíssimos e é agressivo. A Varig faliu por vários motivos dentre os quais, por ser extremamente corporativista. Ela era uma empresa responsável por quase metade do transporte aéreo nacional e internacional. E sempre teve o cliente e a segurança em primeiro lugar. Com o seu lobby já falido, a Varig também não obteve refinanciamento de dívidas por parte do governo, que preferiu colocar o mercado à disposição das novas empresas.

Dentre estas empresas, a que teve o crescimento mais vertiginoso foi a Gol. Baseada no modelo de baixo-custo, introduzido nos EUA pela Southwest Airlines, a GOL fez com que a aviação brasileira ficasse nivelada por baixo. O modelo coloca, propositalmente, o supérfluos de conforto do passageiro em segundo plano.

No Brasil, o que temos é o passageiro em ultimo plano. A ganância das empresas, provavelmente apoiada por um forte lobby e conivência dos órgãos governamentais, colocou o passageiro como detalhe no sistema aéreo. O importante é lotar aviões em rotas lucrativas.

Neste sistema, a melhor forma de maximizar o lucro é reunir os aviões todos num mesmo horários em um aeroporto central, na maior cidade do pais. É isto o que acontece com Congonhas e Cumbica/Guarulhos.

Claro que isso acontece em todos os paises. E nesses casos, o papel do governo é regulamentar, controlar e prover a infra-estrutura necessária.

De quem é a culpa, afinal?

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