terça-feira, 18 de agosto de 2009

Lula e Sarney

Deu na Folha:
A falta de compromisso de Lula com o que diz
O discurso do presidente Lula em relação ao Congresso mudou à medida
que o petista trocou a oposição pelo governo. Em 1993 ele declarou
que, "de todos os deputados no Congresso, pelo menos 300 são
picaretas".

Repetiu a crítica em 1994 ("Aquilo que eu falei de 300 é um pouco
mais") e 1998 ("Uma vez falei que havia uns 300 picaretas no
Congresso, mas a coisa só piorou").

Em 2002, com a vitória à vista, a retórica mudou.

Aceitou o apoio do senador José Sarney, a quem havia chamado de
"grileiro", em 1986 ("Sarney não vai fazer reforma agrária coisa
nenhuma, porque ele é grileiro no Estado do Maranhão"), e de "ladrão",
em 1987 ("Adhemar de Barros e Maluf poderiam ser ladrões, mas eles são
trombadinhas perto do grande ladrão que é o governante da Nova
República").

Na sua campanha à reeleição, Lula fez uma autocrítica: "Eu me dei
conta de quantas vezes nós cometemos injustiças contra pessoas... Uma
coisa eu tenho tranquilidade, Sarney: nunca lhe ofendi".

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